Apesar do lado positivo, o profissional de comunicação tem o dever de fiscalizar, afirmam palestrantes
O novo velho Rio pode ser comparado a metáfora do copo meio cheio ou meio vazio. Foi assim, que a palestra “Marca RJ: Registro na mídia do jornalismo”, quarta mesa da Semana de Comunicação da Universidade Veiga de Almeida (UVA), iniciou os debates em tom de provocação. As belezas naturais e a simpatia do carioca, virtudes amplificadas pela Marca, divide espaço com as mazelas sociais ainda presentes. E é aí, segundo os palestrantes, que o jornalismo aparece.
No início da mesa-rendonda, o mediador Tony Queiroga, professor da UVA, relatou as mudanças pelas quais o Rio vem passando. Para ele, somos testemunhas de um momento de transfomação incomparável. A metáfora citada pelo docente retrata as dificuldades da população e o lado positivo da cidade.
Para Silvia Ribeiro, editora-executiva do portal R7 Rio, o papel do jornalista não é reproduzir e sim, de elaborar um novo discurso, fiscalizando as ações do poder público e elaborando um olhar crítico da sociedade. A Marca RJ é uma construção, assim como o jornalismo, baseada em sete pontos (alegria, estilo, beleza, inovação, energia, paixão e paz). Porém, apesar desta construção ainda existem problemas. “Viver no Rio de hoje é melhor do que o de dez anos atrás. Esse discurso é fundamentado em dados estatísticos, mas isso não significa que não existam mais problemas. A pacificação ainda não trouxe saneamento, educação, saúde pública. E o jornalismo deve cobrar isso”, declara.
Retratando a realidade através de seu olhar fotográfico, Gabriel de Paiva, repórter do jornal O Globo, apresentou vídeos com fotos que mostram os dois lados da cidade. Sem deixar de citar as transformações pelas quais o impresso tem passado, ele enfatiza que a “função do jornalista é levantar o tapete e mostrar os fatos, contestar e criticar”.
Com o mesmo pensamento, Evelyn Moraes, repórter da rádio Globo, cita que o jornalista tem obrigação de ajudar de alguma forma. “Temos o poder de conseguir fazer com que as autoridades “enxerguem” aquilo que eles já veem”, sinaliza. Além disso, ela enfatiza que, as vezes, por ser pautado pelo que vende, o jornalismo acaba defendendo interesses que visam somente a audiência, deixando de cumprir com seu dever.
Finalizando o debate, Fabio Barreto, apresentador do programa Brasil Urgente (Band), avalia que o Rio de Janeiro é uma cidade belissíma em suas paisagens, mas reconhece que ainda tem muito o que melhorar. Não obstante as mudanças, ele afirma que não devemos nos desvincular da credibilidade jornalística. “Precisamos manter nosso olhar crítico de pé. Devemos questionar”, conclui.
Rede Social – Estudantes do 5º período de Publicidade e Propaganda da UVA, Vinicius Covas e Gustavo Bizu, criadores do “Tropa da Comunicação”, abriram a noite apresentando o projeto que é uma rede social que conecta alunos de comunicação. A ideia surgiu a partir da premissa de que todo “conhecimento é o poder que tem seu preço”.
Com base nisso, eles oferecem “armamentos” como cursos, palestras, entre outros, facilitando o acesso à informação. A rede social traz uma ferramenta interessante nomeada de “radar” que encontrará eventos para os estudantes.
Por Assessoria de Imprensa – 9ª SECOM
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